Pesquisa Fapesp
Além de hidrogênio e hélio, no Universo há um conjunto de outros
elementos químicos, como oxigênio, carbono, ferro e lítio, chamados
genericamente de “metais” pelos astrofísicos.
Agência FAPESP – Além de hidrogênio e hélio, no Universo há um conjunto
de outros elementos químicos, como oxigênio, carbono, ferro e lítio, chamados
genericamente de “metais” pelos astrofísicos.
Ao estudar o tipo e a quantidade (metalicidade) desses elementos
presentes no gás que envolve as galáxias, por exemplo, é possível estimar a
evolução delas.
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e
Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) iniciou um
projeto de pesquisa, realizado com apoio da FAPESP, para estudar a metalicidade
de aglomerados de galáxias (união de diversas galáxias).
“Ao compreender melhor os processos de produção e transferência de
elementos químicos que ocorrem nesses objetos, que são os de mais larga escala
em equilíbrio no Universo, será possível preencher uma peça de um grande
quebra-cabeça que é entender a evolução química do espaço como um todo”, disse
Gastão Cesar Bierrenbach Lima Neto, professor do IAG e coordenador do projeto,
à Agência FAPESP.
De acordo com o pesquisador, à exceção do hidrogênio, hélio e lítio,
todos os demais metais presentes no Universo são produzidos pelas estrelas (em
um processo denominado nucleossíntese estelar), que, por sua vez, se formam em
galáxias.
À medida que as estrelas evoluem, elas ejetam esses metais no meio
galáctico interestelar – onde o material é reciclado e, eventualmente, pode dar
origem a novas gerações de estrelas.
Como esses processos são altamente complexos, é preciso fazer simulações
numéricas com computação de alto desempenho a fim de estudar a metalicidade das
galáxias.
“Nós precisamos de computadores muito grandes, além de códigos complexos
e o envolvimento de um grupo de pesquisadores”, explicou Lima Neto.
Além disso, são necessárias observações por raios X, como as que Lima
Neto e a pesquisadora Tatiana Ferraz Laganá farão durante a pesquisa. Laganá
realiza um projeto de pós-doutorado no Núcleo de Astrofísica Teórica (NAT) da
Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), no âmbito do programa Jovens
Pesquisadores, da FAPESP.
“Os raios X nos mostram a
composição do gás situado entre as galáxias, que é enriquecido por elas”,
explicou Lima Neto.
Fonte: Observatório Nacional
Boa Leitura
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